-
Galheiros II
- Voltar
Metadados
Miniatura
Nome do Sítio Arqueológico
Galheiros II
Sigla do Sítio Arqueológico
Área Arqueológica
Região Arqueológica
Primeira Região Arqueológica da Área Tocantins (GO-Pa. - Paranã)
Estado
Município
Georreferenciamento
Ponto central - 23L E:349708 N:8518326 | Perímetro 1 - 23L E:349600 N:8518250 | Perímetro 2 - 23L E:349825 N:8518425 | Perímetro 3 - 23L E:349625 N:8518450 | Perímetro 4 - 23L E:349875 N:8518225 | Datum: SAD 69
Mapa Georreferenciado
Descrição do Sítio Arqueológico
"Sítio multicomponencial pré-colonial e histórico com presença de material lítico, seis estruturas construtivas e vestígios históricos (faianças finas, cerâmicas de produção local/regional, metais, entre outros). Os artefatos estão distribuídos em uma área aproximada de 73.957m², sendo o sítio caracterizado pela presença de vestígios preponderantemente em superfície.
Localizado em topo de um paleo-terraço na margem esquerda do rio Galheiros, o substrato é formado por cascalheira de seixos centimétricos e decimétricos de quartzito e silexito e ainda blocos de granito" (Zanettini & Wichers, 2010, p. 33).
Categoria
Histórico | Lito-cerâmico | Outro
Coletas e Intervenções Arqueológicas
Coleta de superfície assistemática | Coleta de superfície sistemática | Escavação de Unidades (1m x 1m) | Poço teste (tradagem)
Fragmentos/Peças/Conjuntos
Cerâmica
56
Lítico
42
Vidro
33
Louça
9
Metal
1
Informações Etnográficas/Arqueológicas
O sítio Galheiros 2 apresenta conjuntos líticos representativos da tecnologia das populações caçadoras coletoras que ocuparam o Brasil Central durante e transição do Holoceno Inicial para o Holoceno Médio, por volta de 9.000 anos AP.
Sobre as ocupações históricas: "Não sendo casa de morada, compreende-se a baixa densidade de louças em faiança fina ou demais artefatos associados ao universo de uma unidade doméstica compondo o acervo do sítio Galheiros II, mas indicam também o uso de recipientes para consumo individual de alimentos – afinal, é o cotidiano da vida do trabalhador. Em uma Unidade Doméstica, a conformação material referente à alimentação se afeiçoa de uma maneira diferenciada, com presença de outros objetos de serviço e cocção, esses praticamente ausentes no que concerne os artefatos do universo de alimentação.
Sugere-se, ainda, a possibilidade da presença de uma unidade de produção cerâmica, uma vez que conta-se com os artefatos, fragmentos de telhas, com inscrições numéricas, típicas de cotidianos oleiros. Sendo as telhas cerâmicas de produção local/regional, é possível que tenha se instalado no local ou proximidades olarias no contexto crescente da demanda local por estes produtos na conjuntura de expansão de mineração em Goiás entre o final do século XVIII e século XIX.
No final do século XVIII foi fundado um povoado, que daria origem ao município de São Domingos, mais tarde conhecido como Arraial Velho e do qual hoje restam apenas alguns vestígios. Esse povoado ficava a cerca de 2 km de distância do centro atual, na margem do rio que depois veio a chamar-se São Domingos. Enquanto ocupação do começo do século XIX, o sítio Galheiros II relaciona-se, muito provavelmente, a esfera de influência deste arraial de mineração, uma vez que está localizado a aproximadamente 7 km do centro da atual São Domingos" (Zanettini & Wichers, 2010, p. 120).
"Cabe ainda destacar o estudo devotado aos processos relacionados à ocupação dos sítios Galheiros 2, 6 e 7 em períodos históricos. No que concerne ao sítio Galheiros 2 pode-se pressupor, pelos dados materiais somados as informações orais dos moradores locais, a presença de uma unidade produtiva ou local no qual a esfera do trabalho ressalta sobre outras funcionalidades (como a doméstica, por exemplo). A presença latente de construções circulares que lembram fornos de pedra e barro, a ocorrência de artefatos relacionados às práticas de controle da produção (cerâmicas com inscrição) e a presença dos fornos, em pedra, no local é um forte indicador da existência dessa unidade produtiva" (Zanettini & Wichers, 2010, p. 131).
Classificação Cultural
Sem filiação determinada
Datações
Não foram realizadas datações absolutas. Conforme a análise dos pesquisadores: "Os vestígios históricos estão associados à primeira metade do século XIX, quiçá relacionados ao processo inicial de colonização européia da região que hoje conforma o município de São Domingos" (Zanettini & Wichers, 2010, p. 35)
Número de Registro
Cerâmica
20.03.01 a 20.03.53
Lítico
20.03.01 a 20.03.41
Vidro
20.03.01 a 20.03.08
Louça
20.03.01 a 20.03.08
Metal
20.03.01
Estado de Conservação
Bom
Peso Total
1,776 kg
Coordenador(a) do Projeto
Paulo Eduardo Zanettini e Camila Azevedo de Moraes Wichers
Pesquisadores (as)
Ângelo Alves Corrêa
Carolina Torres Borges
Edinéia Pascoal da Silva
Érica Soares da Silva
Gilvanir Ribeiro da Silva
Hendrigo Valenciano
Juliano Meneghello
Luana Antoneto Alberto
Luiz Fernando Erig Lima
Márcia Lika Hattori
Pedro Paulo Guilhardi e Silva
Piero Tessaro
Rafael de Abreu e Souza
Roberta Nazareth Lemes
Processo SEI IPHAN
Processo: 01516.002580/2009-79. Disponível em: https://sei.iphan.gov.br/sei/modulos/pesquisa/md_pesq_processo_exibir.php?iI3OtHvPArITY997V09rhsSkbDKbaYSycOHqqF2xsM0IaDkkEyJpus7kCPb435VNEAb16AAxmJKUdrsNWVIqQyh8ixJnGkCeFgygHRfdFR4PzDlPwNQ989sOH8vNjnZr
Ano da Pesquisa
2009
Referências Bibliográficas
Zanettini, Paulo Eduardo & Wichers, Camila Azevedo Moraes. Relatório Final - Programa de Prospecções e Resgate Arqueológico PCH Galheiros Município de São Domingos, Estado de Goiás.
Registros Fotográficos
71 fotografias digitais (18 da coleção de referência e 53 da coleção em geral)
Forma de Entrada
Apoio Institucional
Coletor/Empresa
Data de entrada
18/05/2020
Responsável pelo preenchimento
Diego Teixeira Mendes | Lucas Yabagata | Bárbara Freire