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Máscara
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Metadados
Miniatura

Nº objeto
74.01.062
Denominação
Máscara
Denominação na língua materna
Autor (a)
Categoria de classificação Berta G. Ribeiro
Origem étnica
Descrição
Máscara xinguana cabeça-de-cabaça acompanhada de um traje de fibra vegetal. A cabaça é decorada com grafismos e possui representações dos olhos, nariz, boca e dentes. As orelhas, feitas de fibra vegetal trançada, têm formato de leque.
Matéria prima
Data de entrada
03/06/1974
Estado de origem
País de origem
Modo de aquisição
Troca
Intermediador(a) interno(a)
Informações etnográficas
De acordo com a anciã Sanain Yawalapiti:
"Este traje é um patrimônio cultural do povo Yawalapiti, chamado Apáxa, e é usado em uma cerimônia tradicional. Essa festa tem o objetivo de alegrar e alimentar o espírito Apáxa, evitando que ele cause mal a alguém. Durante o evento, são servidos alimentos como peixe assado e cozido, beiju (tapioca) e bebidas tradicionais, como mingau de beiju, caldo de mandioca doce e mingau de pequi. O responsável pela cerimônia recebe esses alimentos.
A preparação começa quando o organizador anuncia a festa à comunidade, permitindo que todos se preparem. Antes do início, é feita a coleta dos materiais necessários para confeccionar a máscara e o traje. No dia da cerimônia, o responsável faz o anúncio no centro da aldeia e chama os Apáxas, representados por dois adultos e duas crianças, chamadas Epukelu. Todos trajados, os Apáxas chegam de fora da aldeia e seguem para a casa dos homens, onde começam a dançar. Em seguida, vão até a casa do organizador, onde recebem alimentos que ele possui. Depois, percorrem todas as casas coletando alimentos, que são levados para a casa dos homens e compartilhados entre os participantes. A cerimônia envolve fartura de comida, dança e alegria, e os Apáxas são conhecidos por pedirem muitos alimentos.
Atualmente, essa festa não é mais realizada, pois as novas gerações não conhecem suas regras e tradições. A cerimônia era obrigatória quando alguém ficava doente e precisava ser curado pelo pajé, pois se acreditava que a pessoa era vítima do espírito Apáxa. O responsável pela festa poderia ser qualquer um que tivesse sido afetado pelo espírito, e a cerimônia deveria ser realizada anualmente, sem um tempo exato para ocorrer. Caso contrário, o espírito poderia causar mais danos, sendo necessário o auxílio do pajé e do raizeiro para a cura."
Exposição
Estado de conservação
Bom
Observações gerais
Os dados etnográficos foram repassados e traduzidos por Willis Kapulupi Yawalapiti Waurá, neto da anciã Sanain Yawalapiti.
A documentação museológica do item registra que sua origem geográfica remete ao "Ribeirão Tuatuari, afluente da margem esquerda do baixo curso do Rio Kuluene, próximo a sede do P.I.X - Funai".
Fotografado por Mayara Monteiro (2025).
Assistentes de fotografia: Lucas Yabagata (2025).
Edição de imagens: Lucas Yabagata (2025).
Referências
Dossiê museológico do objeto.
MOTTA, Dilza Fonseca da; OLIVEIRA, L. Tesauro de Cultura Material dos Indios do Brasil. Rio de Janeiro, Funai/Museu do Índio, 2006.
RIBEIRO, Berta Gleizer. Dicionário do artesanato indígena. Editora da Universidade de São Paulo, 1988.
Situação
Localizado
Condições de reprodução de imagem
Para utilização das imagens é obrigatório a citação do autor da fotografia (informação no campo “Observações gerais”) e a propriedade do Museu Antropológico. Exemplo: Foto de ............. - Acervo Museu Antropológico/ UFG. O MA/UFG não se responsabiliza por edições e usos que venham a difamar a propriedade intelectual da imagem.